quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Turbopinões 1: D&D 3.5 e D&D 4e

Bem, o objetivo desse tópico é para que o Retarded Playing Games seja encontrado pelo google e essa é a verdade. Mãs, já que tal tópico deve existir far-lo-ei sem ser totalmente idiota... só um pouco mesmo. Na verdade, se não formos encontrados, o Elbart mentiu para mim sobre isso.

Esse post é sobre minha opinião - que by the way entra em contradição com a maioria das opiniões que eu encontro na internet - sobre DnD 3.5 e DnD quarta edição. Com que autoridade dou essa opinião? bem, é melhor falar pois não existe opinião que não seja parcial (dãããã, opinião)... Joguei DeD terceira edição desde 2003 ou 4, eu creio... passei para o 3,5 acho que em 2007 ou 8 e no final de 2009 e por algum tempo em 2010 joguei o 4e. Não pense que joguei pouco o 4e, foram no minímo 20 sessões, considerando que já sei jogar RPG de fantasia medieval há um bom tempo, seria suficiente para fazer uma boa campanha.

Seria... Mas não foi. Começamos ao menos umas... várias campanhas e nenhuma chegou a durar mais do que 5 sessões (acho que 5 foi o máximo)... Porque paramos todas elas? não sei, simplesmente não sei dizer... Porém eu assumo que parte da culpa seja do sistema que jogavamos... de alguma forma eu como mestre me sentia preso por ele.

A quarta edição é de fato mais equilibrada, temos que consultar menos o livro durante as sessões entre outras vantagens que as pessoas apontam... No entanto o combate após algum tempo simplesmente se tornou chato. Talvez eu não fosse um bom mestre e não soubesse preparar os combates. Mas bem, eu seguia o livro do mestre, colocava encontros adequados, encontros dificeis, encontros fáceis... na verdade eles se tornavam encontros longos, muito longos ou menos longos. E chatos.

Risco de morte? os encontros simplesmente pareciam não oferecer, mesmo os mais dificeis ( os muito longos) os monstros não possuíam nenhuma habilidade devastadora, nenhum poder que fizesse os personagens tremerem de medo... O livro me diz para colocar uma boa variedade de monstros do mesmo nivel dos personagens. Ok, coloco monstros dois ou tres niveis acima... o que acontece? os personagens ganham do mesmo jeito que ganhariam, isto é gastando os poderes por encontro e talvez um poder diário. Ok, quero deixar os personagens feridos para um combate... bem, coloque 15 combates, caso contrário eles usarão seus pulsos de cura e estarão sempre inteiros. Ok, temos um combate em que eles não tem poderes diários, qual a diferença? se torna mais longo e mais chato. E é assim que eu me sinto jogando quarta edição.

Jogando 3.5?
Dragão? desespero. Mago poderoso? desespero. Trupe de gigantes com uma bruxa? desespero. E no fim tudo dá certo, pode ser que alguem morra, é raro, mas acontece, ninguem controla um decisivo ou alguem toma uma decisão ruim.

Jogando 4e? Dragão? nããããõ, vai demorar dias. Mago poderoso? Sozinho? o que ele vai fazer? Trupe de gigantes com uma bruxa? são quatro brutos e um controlador, ok, é igual a vez que lutamos contra os quatro bugbears e o sacerdote, só que eles tem 2 a mais de ataque, CA, dano, defesas e uns 80 a mais de vida.
Os personagens ganham e todos saem felizes e entediados de "mais um combate".

Mas o combate não era o unico problema... agora que voltamos a jogar D&D 3.5 eu notei o quanto faz falta a magia fora de combate. Não aquela em que você gasta 10 minutos preparando um ritual, ou aquela que te dá +5 para uma perícia, eu quero dizer a magia de verdade. Sim, o temido e desequilibrado encantamento, ou a terrívelmente confusa ilusão. Dungeons and Dragons é um mundo mágico... e na quarta edição ficou tudo tão fosco, não mágico e ao mesmo tempo não realista. Sim, a magia no Dnd 3.5 é desequilibrada... Mas essa crise por equilibrio simplesmente não faz sentido algum. RPG é um jogo cooperativo e não competitivo. RPG é um jogo de interpretação e isso é a alma do jogo. E a quarta edição simplesmente me fazia sentir preso com relação a isso.

No fim das contas, essa é minha opinião e no fundo o objetivo do jogo é reunir seus amigos e se divertir. Nos divertimos mais com o desequilibrio e as diversas consultações ao livro do 3.5 do que com as listas de poderes da quarta edição. Para mim, ler o livro do jogador 2 da quarta edição e ler o livro do jogador 2 do 3.5 é o ponto chave na minha opinião sobre "interpretação" e as duas edições.

E isso é tudo que tenho a dizer sobre minhas péssimas experiências jogando D&D4e e o porque prefiro jogar Dungeons & Dragons, the ROLE PLAYING GAME, na edição 3.5

Pronto, espero que nos encontrem no google agora.


Turbo Segundo de Sabedoria (TSS)
"Sobre a preparação: Entre preparar toda uma aventura e uma grande história épica, ou improvisar tudo, sempre prefira a segunda opção. Garanto que todos irão se divertir mais. DIGA NÃO A LINEARIDADE."

Nenhum comentário:

Postar um comentário